A pauta dos docentes das universidades federais em nível nacional consiste no pedido de um reajuste salarial de 22,71%, dividido em três parcelas iguais de 7,06% nos anos de 2024, 2025 e 2026. Por outro lado, o governo federal propõe um reajuste zero para este ano e dois reajustes de 4,5% em 2025 e 2026. Além do reajuste salarial, os professores também reivindicam a equiparação dos benefícios e auxílios com os dos servidores do Legislativo e do Judiciário.
Apesar da greve, os serviços essenciais serão mantidos durante o período de paralisação. A categoria encaminhou a formação de um comando local de greve, composto pela diretoria do sindicato, conselho de representantes e a comissão de mobilização da campanha salarial. A Reitoria da UnB divulgou uma nota informando que respeita o movimento dos professores, reconhecendo o direito constitucional à greve e destacando o papel estratégico dos docentes na instituição.
A mobilização dos professores das instituições federais de ensino também está em curso em outras partes do país. Instituições como a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e Instituto Federal do Sul de Minas Gerais já aprovaram a deflagração de greves. O Ministério da Educação (MEC) afirmou estar empenhado em buscar alternativas de valorização para os servidores da educação, respeitando o diálogo com as categorias e destacando o reajuste concedido aos servidores públicos em 2023.
Em meio a esse cenário de mobilização e negociação, a greve nacional unificada dos professores das universidades federais se mostra como um elemento importante para o debate sobre questões salariais e de condições de trabalho no setor educacional. As próximas semanas serão essenciais para acompanhar os desdobramentos dessas reivindicações e possíveis avanços nas negociações com o governo federal.