Inicialmente, o médico havia sido condenado a ressarcir o porteiro em R$ 10 mil, mas Reginaldo decidiu recorrer da decisão, solicitando um aumento no valor da indenização. Na audiência de hoje, os membros da 6ª Câmara de Direito Privado votaram de forma unânime, seguindo o parecer do relator do caso, o desembargador Juarez Fernandes, que decidiu atender parcialmente ao pedido do porteiro e aumentar o valor da compensação financeira.
O episódio lamentável que culminou nessa decisão judicial data de 22 de junho de 2022, quando o médico, incomodado com a falta de serviço do elevador do prédio, dirigiu insultos racistas e agrediu fisicamente o porteiro Reginaldo. As ofensas proferidas por Gilles David foram extremamente desrespeitosas e violadoras, depreciando a dignidade do trabalhador.
O desembargador relator rejeitou a solicitação do porteiro por uma indenização adicional de R$ 6 mil por danos materiais. Ele argumentou que as despesas apontadas no processo, como gastos com combustível, contas de cartão de crédito e pagamentos em atraso, não estavam diretamente relacionadas às agressões cometidas pelo réu, não configurando assim um vínculo causal suficiente para exigir tal reparação.
Esse desfecho ressalta a importância de combater qualquer forma de discriminação e violência, especialmente quando direcionadas contra indivíduos trabalhadores e honestos como o porteiro Reginaldo. A decisão judicial serve como um alerta e uma punição contra atos de intolerância e agressão, estimulando respeito e empatia nas relações interpessoais.