Professores de universidades federais iniciam greve nacional em protesto contra proposta de reajuste salarial zero do governo.

Os professores das universidades federais, institutos federais e centros federais de educação tecnológica deram início a uma greve nacional nesta segunda-feira (15). A decisão de paralisação foi motivada pela rejeição da proposta apresentada pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos durante a última Mesa Setorial Permanente de Negociação, que aconteceu na quinta-feira (11).

O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições do Ensino Superior (Andes) divulgou que a proposta do governo federal previa reajuste salarial zero, com aumentos apenas no auxílio alimentação, assistência pré-escolar e saúde suplementar. Diante disso, em uma reunião com 34 seções sindicais do setor, foi votado e aprovado o movimento de greve, com 22 votos favoráveis, sete contrários e cinco abstenções.

Os docentes estão unidos em uma pauta nacional que pede um reajuste de 22,71%, a ser dividido em três parcelas ao longo de três anos. Além disso, outras demandas como a revogação de portarias do Ministério da Educação, controle de frequência por meio de ponto eletrônico e mudanças no ensino médio e formação de professores estão em discussão.

O Comando Nacional de Greve (CNG) será instalado ainda hoje em Brasília, seguido por uma audiência pública na Câmara dos Deputados para debater as mobilizações. A greve será marcada também por uma Jornada de Lutas e atividades locais nas instituições de ensino.

Em resposta, o Ministério da Gestão informou que além de formalizar a proposta de reajuste, está aberto ao diálogo e comprometido em negociar demandas específicas das carreiras. O órgão destaca que já há mesas de negociação em andamento e um grupo de trabalho para reestruturar o plano de carreira dos cargos técnico-administrativos em educação.

A pasta reafirma sua disposição em dialogar com os servidores e reforça o compromisso em buscar acordos positivos para ambas as partes. Apesar das negociações em curso, os professores permanecem em greve buscando garantir melhores condições de trabalho e salários dignos.

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