A iniciativa surge em meio ao caso de contaminação por tolueno na estação Imunana-Laranjal da Companhia Estadual de Águas (Cedae), ocorrido em 3 de abril, e em meio ao histórico de crises hídricas recentes no Rio de Janeiro. O CRQ-III, comprometido com a proteção da sociedade, atua diretamente em questões relacionadas ao meio ambiente e busca orientar e informar a população sobre temas relacionados à área química.
Segundo o presidente do Conselho Regional de Química do Rio, Harley Martins, a comissão tem como objetivo monitorar atividades que representem riscos para a população. “As análises realizadas diariamente, tanto na água bruta quanto na água tratada, não são suficientes para detectar uma série de substâncias químicas, incluindo o tolueno. Os processos utilizados nas estações de tratamento não garantem a remoção dessas substâncias da água”, afirmou.
Na primeira reunião da comissão, realizada na semana passada, foram discutidos temas como a insuficiência dos testes atuais para detectar poluentes com potencial de comprometer a saúde humana, a necessidade de investimentos em laboratórios, tecnologias de tratamento, instalações e monitoramento constante.
A comissão destacou a importância de a ETA Imunana-Laranjal, que atende a 2 milhões de pessoas, possuir um laboratório capaz de identificar quaisquer alterações na água, priorizando a análise de compostos químicos mais propensos a serem encontrados como contaminantes. O trabalho desenvolvido por essa comissão é fundamental para garantir a saúde da população e a qualidade da água de abastecimento no estado do Rio de Janeiro.
