Emae, última estatal de energia de SP, é arrematada por R$ 1 bi em leilão histórico pela empresa Phoenix Fundo de Investimento.

A Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae), última estatal de energia do estado de São Paulo, foi arrematada em um leilão realizado na tarde desta sexta-feira (19) pela empresa Phoenix Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia. A empresa ofereceu um lance de R$ 70,65 por ação, com um ágio de 33,68% sobre o valor inicial mínimo pedido pelo governo de R$ 52,85. Essa transação totalizou mais de R$ 1 bilhão, com a empresa Phoenix adquirindo toda a participação que o estado detinha na companhia.

O leilão, que marcou a primeira desestatização do governo Tarcísio de Freitas, contou com a participação de outras duas empresas: a EDF Brasil Holding e a Matrix Energy Participações. Após uma acirrada disputa em viva-voz com a EDF, a Phoenix saiu vitoriosa, adquirindo a Emae.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, expressou sua satisfação com o resultado do leilão, afirmando que o ágio superou as expectativas e classificando o certame como extraordinário. Por sua vez, o diretor-presidente da Emae, Marcio Rea, destacou a honra de participar do processo de desestatização da empresa, ressaltando que a companhia não possui passivos financeiros e possui grandes projetos de geração de energia.

A Emae, criada em 1998 a partir da Light, tem como principal atividade a geração de energia por meio de usinas hidrelétricas localizadas em São Paulo, Salto, Cubatão e Pirapora do Bom Jesus. Além disso, a empresa desempenha um papel importante no controle dos níveis dos rios Tietê e Pinheiros, auxiliando na prevenção de alagamentos.
Ao longo do último ano, as usinas geraram energia suficiente para abastecer uma média de 825 mil residências na Grande São Paulo. A Emae também opera o serviço de travessia de balsas na Represa Billings, transportando diariamente passageiros e veículos nas travessias Bororé, Taquacetuba e João Basso.

Com a privatização da empresa, o governo de São Paulo planeja atrair investimentos e continuar oferecendo serviços essenciais à população. Até o final de 2023, a Emae gerou uma receita líquida de R$ 603 milhões e atingiu um valor de mercado de R$ 2,3 bilhões. O leilão da Emae faz parte de uma série de desestatizações promovidas pelo governo do estado, que planeja conceder ou vender outras empresas ao setor privado nos próximos anos, buscando aumentar a eficiência e a qualidade dos serviços prestados.

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