Ministério da Saúde prevê nível epidêmico de dengue na Região Centro-Oeste do Brasil em 2024

A Região Centro-Oeste do Brasil enfrenta uma previsão alarmante divulgada pelo Ministério da Saúde nesta sexta-feira (8). De acordo com o órgão, é esperado que a região atinja níveis epidêmicos de dengue em 2024. A secretária de Vigilância em Saúde, Ethel Maciel, expressou sua preocupação com grupos mais vulneráveis, como crianças e idosos, que podem estar suscetíveis a contrair a doença.

Além disso, a pasta emitiu um alerta para a Região Sudeste, principalmente para os estados de Minas Gerais e do Espírito Santo, indicando potencial epidêmico para a dengue em 2024. No Sul, o estado do Paraná foi identificado como tendo um potencial muito alto para casos de dengue, enquanto no Nordeste os casos devem aumentar, mas abaixo do limiar epidêmico.

Os dados do Levantamento Rápido de Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) revelaram que 30,2% dos municípios analisados estão em estado de alerta para infestação do mosquito, o que equivale a 1.506 municípios. Além disso, 3,7% ou 189 municípios têm uma classificação ainda mais alta, de risco. A secretária destacou a importância de monitorar de perto a situação.

O levantamento ainda demonstrou que a maior parte dos criadouros do mosquito da dengue está nos domicílios, com 74,8% dos focos identificados em áreas como vasos de plantas, garrafas retornáveis, pingadeiras, bebedouros e pequenas fontes ornamentais. Depósitos de armazenamento de água elevados e no nível do solo também se mostraram como grandes focos de procriação dos mosquitos.

A pesquisa é realizada por meio da amostragem de imóveis e criadouros com água positivos para larvas de Aedes aegypti no âmbito municipal, sendo os dados consolidados pelos estados e encaminhados ao Ministério da Saúde.

Diante desse cenário preocupante, é evidente a necessidade de intensificar as ações de prevenção e controle do mosquito da dengue em todo o país. Medidas educativas e de limpeza dos focos de proliferação do Aedes aegypti se tornam essenciais para conter a propagação da doença e proteger a população, especialmente os grupos mais vulneráveis.

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