Funai retoma processo de demarcação de Terra Indígena Tekoha Guasu Guavira após decisão do STF interromper conflitos na região.

Ministério dos Povos Indígenas anuncia avanço na regularização da Terra Indígena Tekoha Guasu Guavira, no Paraná

Na quarta-feira (16), o Ministério dos Povos Indígenas divulgou que a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) dará continuidade ao processo de regularização da Terra Indígena Tekoha Guasu Guavira, localizada no Paraná. Essa decisão vem após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, suspender as decisões judiciais que impediam a retomada do processo de demarcação do território.

De acordo com o Ministério, um relatório que identificou e delimitou a terra indígena foi publicado pela Funai em 2018, porém, foi anulado pelo próprio órgão em 2020, durante o governo anterior. Em 2023, a Funai reviu essa decisão e retomou o processo de demarcação da Terra Indígena. No entanto, o procedimento estava sob o contexto de duas ações judiciais na Justiça Federal, no Tribunal Regional da Quarta Região (TRF-4). Com a decisão do ministro Fachin, a Funai poderá seguir em frente com a regularização fundiária da Terra Indígena.

Essa decisão ocorre em meio ao aumento dos conflitos violentos na região. Segundo o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), na quarta-feira (10), indígenas da etnia Avá-Guarani foram alvo de tiros enquanto rezavam, resultando em quatro feridos que foram levados para um hospital em Toledo, no Paraná.

A Terra Indígena Tekoha Guasu Guavira está localizada nos municípios paranaenses de Guaíra, Altônia e Terra Roxa, próximos à fronteira do Brasil com o Paraguai. Essa área tem sido alvo de disputas e conflitos por questões territoriais envolvendo povos indígenas e interesses de diferentes setores.

Com a decisão do STF e o prosseguimento da Funai com o processo de demarcação, espera-se avanços significativos na garantia dos direitos territoriais dos povos indígenas e na resolução dos conflitos na região. A regularização fundiária das terras indígenas é uma pauta importante no país e possui impactos significativos na proteção dos modos de vida e tradições dos povos originários.

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