Senador Flávio Dino consegue assinaturas para tramitação de PEC que retira direito à aposentadoria compulsória de magistrados, promotores e militares.

O senador Flávio Dino (PSB-MA) está se preparando para deixar o Senado e assumir o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), mas antes de sair, ele está trabalhando em uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que promete causar polêmica. Dino afirmou nesta terça-feira (20) que conseguiu o número necessário de assinaturas para dar início à tramitação da PEC, que propõe retirar o direito à aposentadoria compulsória de juízes, promotores e militares que tenham cometido delitos graves, além de excluí-los do serviço público.

O anúncio da apresentação da PEC foi feito na segunda-feira (19) durante um discurso no Plenário do Senado, e as assinaturas necessárias para a tramitação da matéria foram obtidas através das redes sociais. Ao todo, foram obtidas 29 assinaturas para a PEC nº 3/24, número que foi recebido após a protocolização na mesa do Senado.

A aposentadoria compulsória é aplicada como forma de punição a juízes, militares e promotores. Flávio Dino ironizou o termo em uma publicação, alegando que ao praticarem delitos e serem condenados, estes servidores seriam afastados do cargo, mas continuariam recebendo suas remunerações.

A proposta de Flávio Dino veda a concessão de aposentadoria compulsória aos magistrados como sanção por cometimento de infração disciplinar, além de também vedar o direito à pensão por morte ficta ou presumida. O senador justificou a PEC, alegando que é uma forma de corrigir uma quebra de isonomia injustificável, garantindo que servidores que cometam faltas graves recebam punições simétricas, como a perda do cargo.

Além disso, o texto veda a transferência dos militares para a inatividade como sanção pelo cometimento de infração disciplinar, assim como a concessão de qualquer benefício por morte ficta ou presumida. No caso de faltas graves, a PEC prevê como penalidade a demissão, licenciamento ou exclusão, conforme o respectivo regime jurídico.

A proposta de Flávio Dino já está gerando discussões e promete ser um tema de debate acalorado nos próximos dias, com defensores e opositores argumentando sobre os impactos e a legitimidade da medida. Agora, a PEC seguirá em tramitação no Senado, onde será discutida e votada pelos parlamentares.

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