De acordo com o pesquisador do IBGE, Bruno Perez, estados como Piauí, Acre e Maranhão tiveram um aumento considerável na cobertura de coleta de lixo de 2010 para 2022. O Maranhão, por exemplo, foi o estado que mais elevou a proporção da população atendida por esse serviço, com os percentuais de cobertura subindo de 53,5% para 69,8%.
O estado de São Paulo se destaca como aquele com maior cobertura de coleta de lixo, atingindo 99% da população. Em relação ao acesso à água para consumo, 82,9% dos brasileiros são abastecidos por redes gerais de distribuição, seguidos por poços profundos e artesianos, poços rasos ou cacimbas, e fontes, nascentes ou minas, que somam 96,9% de cobertura.
Entretanto, o pesquisador ressalta que o Censo não investiga se a água fornecida por essas fontes é potável e se há intermitência no abastecimento, que são critérios estabelecidos como adequados pelo Plano Nacional de Saneamento Básico. Além disso, os dados mostram que 95,1% dos moradores têm canalização interna em suas residências, indicando uma melhoria na infraestrutura de saneamento.
Em relação aos tipos de moradia, as casas continuam sendo o principal tipo de domicílio no Brasil, representando 84,8% das moradias. Os apartamentos vêm em segundo lugar, com 12,5% de participação, e outros tipos de residência, como casas em vilas ou condomínios, também são registrados.
Portanto, os dados do Censo 2022 mostram avanços significativos na cobertura de coleta de lixo e acesso à água no Brasil, evidenciando melhorias na qualidade de vida da população. Contudo, ainda há desafios a serem enfrentados para garantir um saneamento básico adequado para todos os brasileiros.