Presidente argentino corta recursos das províncias, causando polêmica e confronto com governadores e promessas de resistência judicial, ameaçando a estabilidade política.

O presidente argentino, Javier Milei, vem causando polêmica ao cortar recursos para algumas províncias argentinas. Recentemente, ele cancelou o Fundo de Fortalecimento Fiscal da província de Buenos Aires, o que gerou revolta por parte do governador Axel Kicillof. Em uma entrevista coletiva, Kicillof acusou o presidente de extorsão e ameaça às províncias argentinas, afirmando que o corte afetará o pagamento de salários de professores e o financiamento da alimentação dos alunos.

Essa não foi a primeira ação de Milei nesse sentido, pois na semana anterior ele suspendeu recursos da província de Chubut, na região patagônica. Diante disso, o governador Ignacio Torres recorreu à Justiça e ameaçou interromper o fornecimento de petróleo e gás para o resto do país. Apesar da primeira instância da justiça federal ordenar o retorno dos recursos para Chubut, o governo de Milei pretende recorrer da decisão.

O presidente, em suas declarações, afirmou que a casta política está se afundando na miséria e recorrendo a mentiras para manter seus privilégios. Ele justificou o cancelamento do fundo de Buenos Aires como parte de um ajuste fiscal necessário para equilibrar as contas do Estado.

Especialistas políticos opinaram sobre a situação, destacando que Milei adotou uma postura confrontadora após ser derrotado em um projeto de lei no Congresso Nacional argentino. Essa abordagem, segundo eles, pode gerar impasses e crises políticas ou até sociais se não forem resolvidas.

Comparando com o Brasil, observa-se que as províncias argentinas dependem mais financeiramente do governo central, o que causa tensão em relação aos repasses de recursos. Essa questão é histórica na Argentina e tem sido o centro do conflito político atual.

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