As eleições alemãs de 2021 foram marcadas por caos e irregularidades em todo o país. Alguns locais de votação ficaram sem cédulas eleitorais, outras mostravam candidatos errados ou foram fotocopiadas às pressas. Além disso, houve relatos de seções eleitorais fechadas durante o dia ou permaneceram abertas por mais tempo do que deveriam. Mesários permitiram a entrada de eleitores que só queriam votar nas eleições federais, prejudicando a organização do pleito.
Uma falha permitiu que menores inelegíveis votassem nas eleições locais e federais usando cédulas enviadas pelo correio ordenadas por alguém maior de idade. Além disso, as cédulas enviadas pelo correio para diferentes eleições tiveram que ser colocadas em um único envelope, gerando mais confusão e desorganização.
O caos foi exacerbado pelo fato de Berlim ter sediado sua maratona internacional no mesmo dia, dificultando o acesso a algumas seções eleitorais. Diante disso, o principal funcionário eleitoral de Berlim renunciou alguns dias após o pleito, demonstrando a gravidade da situação.
Eleições locais já foram refeitas
O caos causou a anulação das eleições locais pelo Tribunal Constitucional de Berlim em novembro de 2022. Foi a primeira vez que uma eleição local na Alemanha foi declarada inválida por questões organizacionais, evidenciando a gravidade dos problemas enfrentados.
Ao repetir a votação federal, espera-se que não haja grandes impactos. No entanto, o mesmo não pode ser dito das eleições locais. Quando os eleitores voltaram às urnas em fevereiro de 2023, a conservadora CDU obteve a maioria dos votos, encerrando a coalizão de esquerda que governava a cidade-estado, formada por SPD, A Esquerda e Partido Verde.
