Comunidade internacional condena ofensiva de Israel em Rafah e pede cessar-fogo imediato em Gaza

Pressão internacional

Vários países se manifestaram contra a ofensiva de Israel em Rafah, inclusive o maior aliado de Netanyahu, os Estados Unidos. O presidente norte-americano Joe Biden, disse que a resposta de Israel aos ataques de 7 de outubro da resistência palestina foi “exagerada”, afirmando que não apoiaria nenhuma operação militar lançada em Rafah sem a devida consideração pelos civis.

O secretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Aboul Gheit, também alertou sobre as consequências de uma ofensiva terrestre do Exército israelense contra o sul da Faixa de Gaza.

Aboul Gheit assegurou que forçar esses cidadãos a fugir de Gaza para o Egito é uma violação do direito internacional e, além disso, ultrapassa as linhas vermelhas da segurança nacional, denunciando uma “política de limpeza étnica” de Israel.

Com os ataques realizados na manhã desta segunda-feira, o Ministério das Relações Exteriores da Turquia afirmou, em comunicado, que os bombardeios fazem “parte de um plano para expulsar o povo de Gaza de suas próprias terras”.

“Apelamos à comunidade internacional, em particular ao Conselho de Segurança da ONU, para que tome as medidas necessárias para deter Israel”, completou o documento.

Por sua vez, o Reino Unido, por meio do Secretário de Relações Exteriores, apelou para a suspensão da ofensiva em Rafah e um possível cessar-fogo.

“Estamos muito preocupados com a situação e queremos que Israel pare e pense muito seriamente antes de tomar qualquer medida adicional. Mas acima de tudo, o que queremos é uma pausa imediata nos combates e queremos que essa pausa conduza a um cessar-fogo”, disse ele à imprensa britânica.

Já o Hamas posicionou-se sobre os ataques, afirmando que esta é “uma continuação da guerra genocida” de Israel contra o povo palestino.

Resgate de dois reféns

Segundo o exército de Israel, dois reféns feitos pelo Hamas em 7 de outubro foram resgatados também nesta segunda-feira (12/02): Louis Norberto Har, de 70 anos, e Fernando Simon Marman, de 60 anos.

Com as novas libertações, somadas às dezenas de pessoas que foram resgatadas durante uma semana de trégua em novembro, os soldados israelenses estimam que ainda restem 134 cidadãos cativos pelo Hamas em Gaza.

Neste domingo (11/02), Israel declarou que as operações em Rafah possibilitam um “acordo realista” pela libertação dos reféns.

No entanto, tal afirmação foi contradita pelo Hamas, que ameaçou o sucesso das negociações para libertação dos reféns caso houvesse ofensivas em Rafah.

Com os novos ataques, o grupo palestino ainda não pronunciou-se sobre a continuação ou suspensão do acordo.

(*) Com TeleSUR

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