Os equipamentos serão custeados exclusivamente com recursos municipais e devem beneficiar áreas como José Walter, Maraponga, Mondubim, Bom Jardim e Vila Velha, entre outros. Além da ampliação, uma das novidades é que o sistema será modernizado com pelo menos 100 bicicletas elétricas dotadas de pedal assistido e autonomia mínima de 50 km, proporcionando maior conforto e praticidade.
De acordo com a coordenadora de Mobilidade Urbana da Secretaria Municipal de Conservação e Serviços Públicos (SCSP), Isabela Castro, o objetivo principal é melhorar as condições de deslocamento dos ciclistas. A ideia é fortalecer cada vez mais o uso da bicicleta como um meio de transporte limpo, eficiente e acessível, seja para trabalho, lazer e atividades cotidianas.
O Bicicletar é considerado o maior sistema de bicicletas compartilhadas no Brasil em número de estações por habitantes e é o terceiro colocado em número total de estações, atrás somente do Rio de Janeiro e São Paulo. Atualmente, são 195 estações implantadas por diversos bairros da cidade, sendo 80 delas patrocinadas pela Unimed Fortaleza. O restante é financiado pela Prefeitura.
Desde o início do sistema, em 2014, já foram contabilizadas mais de 6,5 milhões de viagens e há mais de 400 mil usuários cadastrados. Além disso, 13 estações do Mini Bicicletar foram disponibilizadas para o público infantil. Até dezembro de 2024, a previsão é de que um total de 300 estações para adultos e 20 para crianças estejam disponíveis, como parte da nova política cicloviária Pedala Mais Fortaleza, que pretende dobrar o número de ciclistas na cidade nos próximos 10 anos.
Além do Bicicletar, outras políticas públicas de incentivo à bicicleta também estão avançando em Fortaleza. Atualmente, a malha cicloviária da cidade conta com 430,3km de extensão, e mais 69,7 km estão previstos para serem implantados até o final do ano que vem, atingindo a marca de 500km de ciclovias e ciclofaixas na gestão do prefeito José Sarto.
De acordo com o Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento (ITDP Brasil), mais de 50% dos habitantes em Fortaleza vivem a menos de 300 metros de alguma infraestrutura cicloviária. Essa melhoria na infraestrutura contribui para promover uma mudança cultural nos hábitos de mobilidade dos fortalezenses, consolidando cada vez mais o uso da bicicleta como meio de transporte no dia a dia.
A ampliação do sistema de bicicletas compartilhadas e a expansão da malha cicloviária em Fortaleza representam um grande avanço na promoção de um meio de transporte mais sustentável, saudável e acessível para a população da cidade.
