Em uma sociedade ainda permeada por desigualdades de gênero, Roberta destaca que é fundamental que as mulheres se posicionem como profissionais em todas as áreas, lutando contra os obstáculos impostos pelo machismo que ainda persistem. Essa batalha por reconhecimento e visibilidade é evidenciada pela recente sanção do Dia da Mulher Sambista no Brasil, celebrado em 13 de abril, em homenagem à imortal Dona Ivone Lara, uma figura emblemática do samba nacional.
Além disso, o surgimento do grupo Flor do Samba, composto exclusivamente por mulheres, é mais uma prova do protagonismo feminino no cenário musical. Através de rodas de samba e práticas de resistência, as integrantes do grupo reivindicam o seu espaço, demonstrando que as mulheres precisam ter mais visibilidade e reconhecimento no samba. Essas ações, somadas ao Movimento das Mulheres Sambistas, evidenciam uma busca constante por formação, políticas públicas e valorização da mulher no mercado musical.
Entretanto, apesar dos avanços conquistados, ainda há desafios a enfrentar, como a presença de letras machistas em algumas composições de samba. A banalização da violência contra a mulher em letras de músicas é uma realidade que precisa ser superada, respeitando a diversidade, a igualdade e o respeito mútuo. O Movimento das Mulheres Sambistas segue na vanguarda desse processo de conscientização, promovendo a inclusão e a valorização das artistas brasileiras.
É fundamental reconhecer e valorizar a história das sambistas que contribuíram significativamente para a cultura do samba, muitas vezes esquecidas ou silenciadas. Resgatar essas narrativas e dar visibilidade às mulheres no universo do samba é um passo importante na construção de uma sociedade mais justa e igualitária. A luta pela representatividade, pela superação de estereótipos e pela valorização do talento feminino no samba é um caminho a ser percorrido com determinação e persistência.